Sempre disse que teus olhos me provocavam, como se estivessem propondo um desafio. Hoje não tenho mais os olhos, mas ainda ficou a lembraça do desafio. E muito obrigada por ter me provocado tanto.
Conversas, discussões, Bourdieu, Marx, Freire, tantos relatos, tantos papéis, tanta gente, tanta coisa num apartamento tão pequeno!
E rodar pela Cidade Baixa, de bar em bar, tropeçando e derrubando mesas, brindando em copos de plástico (ou nao) e sambar e cantar...
Saudade das poesias também.
Saudade da cumplicidade.
Saudade do carinho.
Saudade do por do sol.
Saudade de satolep.
Saudade da pinheira.
Saudade da amizade.
Saudade de um tempo que não volta.
E pela primeira vez, pude compreender em toda sua imensidão, o que Vinicius já dizia faz tempo: "Eu Possa me dizer do amor(que tive);
Que não seja imortal, posto que é chama,
Masque seja infinito enquanto dura"