sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ela chega, sempre chega, ou aparece de algum lugar. Nesse breve instante do primeiro toque de seus olhos, alguns milésimos de segundos talvez, fico paralisado. Sistema nervoso em pane, sem respirar. Tudo ao redor gira como um pano de fundo a partir de um ponto central. Mas tudo é muito rápido e volto logo ao normal. Me aproximo. Me afasto numa dança insana. Quero e não posso tocar. Quero ouvir palavras sussurradas sentido o hálito próximo. Busco a linha de um sorriso. Travo um diálogo silencioso unilateral. Imagino (Imagino?) uma correspondência além das palavras. E nessa paralisia dinâmica atemporal deslizo nas espirais do tempo noite adentro. Enlouqueço e saio caminhando pelas ruas. Acima sempre estão os morcegos que passam me mostrando qual o caminho. Parece que somente eu os vejo.

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