quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um Adolescente - Parte 2.

Bom depois de tudo isso, eu tinha uma vida normal, já me mudei de cidade Quatro vezes, e agora moro na cidade de Bela Vista, com a minha mãe e com o meu avô, minha mãe falou que ia me matricular na escola amanha, então eu perguntei:
-Como é o nome?
-ESD, Escola para Super Dotados, tem boas referencias, e os alunos de lá garantem o emprego logo que entram. Falou a minha mãe com um tom de alegria e entusiasmo.
Uma Coisa que eu não entendi é que como é que ela vai me sustentar na escola se ela ainda não tinha um emprego fixo? Não quis perguntar pois também não queria acabar com a alegria dela.
         Chegou o outro dia e fomos para a tal escola, quando chegamos lá eles nos receberam muito bem, tinha uma bela quadra de futebol, e uns alunos que serviam de modelo, eles pareciam ser muito sérios,pareciam sempre estar de mau humor, mais deixei passar, na hora da matricula, minha mãe foi falar com a diretora, era jovem e parecia ser bem legal, fizemos a matricula, e fomos logo comprar os materiais, os livros eram enormes e como eu ia fazer o 1° ano compramos uma caderneta de quinze matérias, o uniforme da escola era camisa branca com detalhes pretos, e a calça poderia ser a jeans, era permitido o uso apenas de bonés fora de sala, tanto sapato social como tênis esporte era permitido. Quer dizer o sapato social era para os momentos de atividades extraclasses.
         Eu estava ansioso para o meu primeiro dia de aula naquela escola, pra mim ia ser diferente das outras escolas, pois antes nunca tinha estudado em escola particular e agora ia estudar em uma, mais não foi, os alunos no começo eram meio estranhos, não falavam comigo, olhavam sempre torto para mim, não dei muita importância e também não ligava muito pro que pensavam de mim, mais depois eu fui me enturmando e as amizades foram começando a surgir, conheci Eduardo e Samantha, Eduardo tinha um cabelo baixo, com bastante gel, olhos azuis, era um pouco alto, a primeira impressão era que ele era chato e ruim, mais para a minha surpresa, foi ele que começou a conversar comigo, ele perguntou de onde eu era e falei que era da Rua Bela vista, que engraçado eu também sou de lá, ele me falou que fazia dois anos que morava lá com o pai e o irmão mais velho, que tinha 22 anos, eles eram bem unidos, os três, como a mãe dele (segundo o pai) tinha fugido com outro homem bem perto dele completar um ano, eles num chegaram a conhecer, por isso a União, ele falou que o amor do seu pai por ele era igual a qualquer amor, só era mais especial do que os outros tipos de amores, já pelo irmão era um amor mais carinhoso, de irmão mesmo, era uma boa família. Samantha era muito bonita, morena, tinha um corpo bem formado e uma bonita voz também, tinha um cabelo comprido, escuro com uma única mecha roxa, fazia o estilo gótico, tinha um pircing no nariz e um brinco em forma de garfinho de diabo, simples porque a família dela era evangélica e o pai, principalmente o pai, eram muito rígido, tipo assim do contra dela ser o que ela gostava, não entendo o porquê de muitos pais não deixarem os seus filhos serem o que eles gostam tipo se eu gosto de rock e eu quero ser um roqueiro, me deixa ser, se eu quero ser um homossexual me deixa ser, se quero ser um playboyzinho me deixa ser, é a minha vida caramba, você pode mandar em mim, mais não na minha personalidade, quem eu quero ser, o que eu quero ser, não, não pode, então é isso, foi assim o meu primeiro dia de aula, quando terminamos, Samantha veio me convidar para uma festa na casa dela, no convite tinha assim:
Festa na minha casa
Hoje as 24h00min,
Tarde para você? Então não venha.
Mais não diga que eu deixei de convidar.
Endereço: Rua Prof. Augusto/ n° 50.

Bem direta ela não? No cantinho ainda tinha assim: É pra vim. Com a letra dela.

         Não podia deixar de ir, me senti importante, voltei para casa, e falei da festa para minha mãe, se vocês vissem o que eu vi a cara que a minha mãe fez não foi das melhores, ela parecia que ia explodir, perguntei se eu podia ir para a festa, e a resposta foi simplesmente NÃÃÃÃÃÃÃÃO e fiquei ali parado sem entender o porquê do grito, para que as coisas não piorassem eu saí dali mais sem entender nada, fui para o meu quarto e liguei para Samantha e falei que não podia ir para a festa dela, pois minha mãe não tinha deixado

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