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O que nós somos é mistério, é saudade, é caloroso. É uma mistura do que fomos, do que gostaríamos de ter sido, do que pensávamos ser. É saudade, é carência, é compreensão, disputando um espaço onde a maior porção é do amor. A gente se via, a gente conversava, a gente compartilhava, e a gente amava isso. A gente se amava. Ainda que eu não te veja mais com aquela frequência, ainda te sinto aqui. Ainda que são sejamos mais um do outro, ainda te sinto minha, ainda me sinto seu. Ainda que a gente conheça outras pessoas, e passemos a ser desses, ainda seremos um do outro. Saudade dói, o amor grita. É uma pressa, uma ânsia pelo que seria, que ainda pode ser. Uma urgência de ser feliz, de se amar. Somos mais que dois quaisquer, somos eu e você, somos nós. Nós que se entrelaçam, nós que se unem e não desatam. Nós somos apenas eu e você, tentando, dessa vez, fincar, e atar e entrelaçar sempre, e pra sempre, e pra sempre.